Select Page

Tina Lüdecke durante o seu trabalho de campo no Parque Nacional da Gorongosa, Moçambique

A Dra. Tina Lüdecke está a estudar como a fauna do Parque Nacional da Gorongosa pode ajudar-nos a compreender quando os nossos antepassados humanos começaram a comer carne.

Para a sua investigação sobre o início e a evolução do consumo de carne em ancestrais humanos, a Dra. Tina Lüdecke receberá 1,3 milhões de euros da German Research Foundation (DFG). Lüdecke é pesquisadora associada na Universidade de Oxford e é a geoquímica líder para o Projecto Paleo-Primata da Gorongosa desde 2016. Ela usará este financiamento para criar o seu próprio Grupo de Pesquisa “Emmy Noether Junior” no Instituto Max Planck de Química ( MPIC) em Mainz, Alemanha. Nos próximos seis o grupo de Lüdecke investigará quando a carne entrou na dieta de nossos ancestrais e como o seu consumo se desenvolveu ao longo de milhões de anos.

Como um primeiro passo, o grupo usará dentes de herbívoros, carnívoros e omnívoros modernos que morreram de causas naturais no Parque Nacional da Gorongosa para desenvolver novos métodos de medição de isótopos de nitrogénio no esmalte dos dentes. Aqui, Lüdecke vai colaborar com estudantes Moçambicanos que planeia orientar. Este trabalho permitirá que seu grupo estabeleça um moderno conjunto de dados comparativos para estudos fósseis.
Na próxima etapa, Lüdecke concentrar-se-á na amostragem de dentes de mamíferos em sítios de fósseis de hominini do Plio-Pleistoceno na Etiópia, Quénia, Malawi e África do Sul. Ela e a sua equipa irão analisar dentes fósseis para determinar as assinaturas de isótopos de nitrogénio de animais com comportamentos dietéticos conhecidos (por exemplo, comer carne vs. plantas) que coexistiram com os primeiros hominini. Estes dados servirão como uma linha de base para comparar as assinaturas de isótopos de nitrogénio dos primeiros hominini. Juntas, estas informações ajudar-nos-ão a compreender melhor os hábitos alimentares dos primeiros hominini, incluindo o consumo de carne em diferentes grupos de hominídeos. As teorias da evolução humana frequentemente invocam um aumento no consumo de carne como uma adaptação chave dos primeiros hominini, de modo que esta nova pesquisa fornecerá um teste crítico para estas ideias.

Tina Lüdecke durante o seu trabalho no Laboratório de Biodiversidade E.O.Wilson no Parque Nacional da Gorongosa, Moçambique
  • Facebook
  • Twitter
  • LinkedIn

Tina Lüdecke durante o seu trabalho no Laboratório de Biodiversidade E.O.Wilson no Parque Nacional da Gorongosa, Moçambique

Shares
Share This